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Foto do escritorAna Valerio

TAROT: Origem e Estória através do tempo


Durante muito tempo o oráculo denominado TAROT, foi dado como tendo sua origem na Itália nos idos dos séculos XV e XVI. Mas, como sua origem nunca foi confirmada, tudo o que se supõe é que tenha nascido na Europa.

O primeiro que se tem notícia, é o Tarot de Marselha (ou Marseille Tarot), considerado por muitos séculos o tarot original. No século XX surgiu uma variação dele, o Tarot de Rider-Waite, contestado por alguns devido a uma alteração na sequência das cartas e depois vieram muitas outras edições. Embora muitos ainda queiram fazer distinção, como se ele fosse uma "matriz" e os outros suas "filiais". Só que não é assim que acontece. Os arquétipos contêm suas características imexíveis, independente de como a figura está ali representada.

O tarot foi utilizado durante muito tempo como um oráculo adivinhatório e as pessoas o usavam para consultar o futuro, ter orientações sobre o que ia ou não acontecer em determinada situação, quanto tempo alguma coisa demoraria para se realizar, até mesmo como consulta amorosa. O que levou às pessoas tornarem-se um pouco obcecadas, tomando decisões somente baseadas no que o oráculo dizia e trazendo muita frustração quando as coisas não surgiam como visto e as tarólogas sempre levando a culpa pelo ocorrido. Nunca ninguém levava em consideração que eram as livres escolhas que faziam "tudo dar errado" e a taróloga "falhar".

Conforme fomos evoluindo o conceito foi mudando e Jung, em sua teoria analítica, considerou o tarot com seus símbolos, uma ponte para descoberta de nossa ancestralidade e tudo o que carregamos dela.

Não é necessário que se faça cursos para o entendimento das cartas, muito embora seja interessante conhecer suas palavras-chave e, a partir delas, vá se obtendo por intuição, todo o significativo contexto delas. Isso não significa de modo algum que não se deva estudá-las. Quanto mais lê-se sobre, mais entendemos seus significados e possibilidades que podemos criar a partir desse conhecimento.

Chamado por muitos como "A Jornada do Louco", o tarot é um belo caminho de autoconhecimento. Na verdade, podemos considerá-lo como a busca do indivíduo pela sua verdade. Saber trabalhar e lidar com sua essência e individualidade, a partir do inconsciente coletivo (teoria de Emile Durkheim como sendo o conjunto de características semelhantes do comportamento de uma sociedade). Como ele se comporta e trata outros indivíduos, a partir da ausência de normas de uma sociedade doente.

As próprias cartas formam um belo mosaico. Mas todas elas acabam levando a um mesmo caminho, pois ninguém é separado de si mesmo, de sua totalidade. Tanto que, ao nos referirmos aos símbolos contidos nas cartas, o fazemos como arquétipos e não como mitos (muito embora tenha muito da mitologia no desenrolar da avaliação dos arquétipos).

Por que arquétipos? Porque estes são parte da psique humana. Os arcanos lançam mão da Mitologia ancestral, para chegar à "pré"-visão dos acontecimentos externos que nada mais são que um reflexo nos impulsos inconscientes dos humanos.

Ao fazermos uma leitura do indivíduo que nos procura, conseguimos olhar para ele e identificar, sem até mesmo que ele seja capaz de saber, o que no fundo o trouxe até aqui. Isso é possível pois, ao abrirmos a leitura, ali estão identificadas todas as suas dores, suas feridas, suas crenças. Nem sempre é possível fazer numa primeira leitura, muitas vezes até por conta de um medo do consulente, que trava sua abertura para receber auxílio ou reconhecer sua vulnerabilidade. E há que ser cuidadoso ao abrir este leque de exposição guardado a sete chaves por toda uma vida. Nem tudo pode ser exposto a quem está resistente.

Um parêntesis:

Por que a "Jornada do Louco"?

O Louco é o arquétipo sem número e também o último, 22, o início e também o fim da nossa jornada de vida. Costumo dizer que damos guinadas de 360º na vida., pois tudo é cíclico. Refazemos o caminho. Só temos que atentar para o detalhe de não repetirmos os mesmos padrões e ações, se quisermos construir realmente uma vida satisfatória e não ficarmos rodando em torno de nosso rabo. E o Louco é a nossa essência real: a origem do pensar diferente, a coragem de arriscar-se, lançarmo-nos ao desconhecido, questionarmos valores, resistirmos à alienação, recusar padrões impostos pela sociedade e assim por diante. Infelizmente, quando deparamos com uma sociedade onde quem estiver fora do "efeito manada" será excluído, retemos as informações. Um dia, elas vêm à tona. E aí somos considerados Loucos...rs.

O que é inconsciente coletivo de Carl Jung?

É a camada mais profunda da nossa psique. Mais simplista: é o arquivo onde ficam guardados nossos comportamentos adquiridos de nossa ancestralidade, comum a todos os indivíduos e se externam como um comportamento comum na sociedade. Por exemplo, o medo de alguns insetos, animais. Uns como uma forma de prevenção, outros como uma forma de trazer à tona a necessidade de olhar para aquilo que se desconhece em sua personalidade.

O inconsciente pessoal seria algumas características do nosso inconsciente, que o ego filtra. Seria um comportamento intrínseco do indivíduo, de acordo com suas experiências na sua existência. E então o ego "filtra", para que experiências traumáticas não sejam conhecidas, porque são consideradas vulnerabilidades e podem por "tudo a perder". São traços incompatíveis com as atitutes conscientes.

Apesar da existência de muito "pré"- conceito em torno das cartas do tarot - feiticeiras, princesas, diabo, heróis fazem parte da nossa projeção humana e da necessidade de vivermos num mundo dual - através delas chegamos de maneira leve a tudo que somos e está escondido em nossa profundeza. É muito interessante como ao longo da minha jornada como taróloga, o que eu faço nas minhas leituras, através de métodos simples, pois consigo dizer ao cliente sentado à minha frente, tudo que determina a situação presente a qual está vivendo e não consegue entender. Principalmente quando se toca no fato de que ELE próprio criou esta realidade, a partir de todo seu aprendizado ancestral e no caminho que determinou aceitar neste plano. Fato custoso de aceitação. Mas que, com o tempo, vai sendo trabalhado e descortinado. A grande maioria sente-se muito bem e feliz quando inicia tudo que sempre desejou, pois aprendem a lidar com a não importância que o julgamento alheio tem sobre sua vida.

Enfim, para termimar, é muito comum as pessoas buscarem o tarot para realização de perguntas simples, sem objetivo, ignorando completamente a sua própria razão.

Por exemplo: Fulano/a me ama? Irei me casar? Vou encontrar um emprego logo? No fundo, esses questionamentos são a busca de uma verdade oculta. Por que querer saber se o amor é correspondido é mais importante que cuidar de sua autoestima e trabalhar para que o/a parceiro/a seja um complemento na construção de sua jornada, do que a peça fundamental? Por que sem um "amor" você não consegue encontrar um caminho de felicidade e satisfação? Por que você nunca ama a si como diz amar o outro?

Em relação ao emprego, por exemplo, por que enquanto você procura um emprego e cria expectativa sobre o tempo, não busca desenvolver um talento que, de repente o fará ser mais feliz e próspero, do que uma carteira assinada, que nada tem de seguro? E quando esta pergunta vem e essa ideia é passada, eles costumam voltar muito satisfeitos pois, a partir dessa busca pelos talentos e habilidades que antes não desenvolviam, muitas coisas surgiram.

O ser humano está sempre apegado ao processo de um futuro em que a responsabilidade do erro ou acerto está na mão alheia, nunca na dele. E quando começa a descortinar as verdades que o tarot o direciona a fazer, surpreende-se.

Hoje eu atuo com a descoberta dessa verdade interior, aliada às outras práticas integrativas nas quais sou formada, pois através do tarot, consigo identificar onde está o "x" da questão. Então, torna-se mais fácil tratar as feridas. Isso não significa que um profissional como um psicólogo, psiquiatra, ou até mesmo um médico alopata não deva ser indicado em caso de necessidade. Mas chegar ao fundo da Alma para não permitir que as dores se aflorem no corpo físico, certamente não é com analgésico ou anti-inflamatório. É um trabalho em conjunto. Por isso dito integrativo.

Por: Ana Thereza Valerio, Terapauta Holístico


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