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Como você está vivenciando a sexualidade em seu relacionamento afetivo atualmente?



A falta de desejo sexual no casamento é uma das queixas frequentes entre muitos casais. Por mais que um casal afirme que há amor e cumplicidade entre ambos, admitem que o sexo esfriou. Surgem as perguntas: de quem é a culpa? O que houve com este casal?

Durante o período de namoro, principalmente no primeiro ano, quando a paixão é intensa, o sexo tende a ser mais selvagem e criativo. Quanto maior a libido, maior a criatividade. O casal ainda está na fase de descoberta sobre o outro, sobre o relacionamento e esta novidade tende a ser excitante. É uma fase de encantamento e por isso os casais são mais eufóricos, cheios de energia e desejo. Assim, as fantasias são mais presentes e intensas. O casal é mais romântico e, por isso, tende a fazer mais surpresas um para o outro.

Ao longo da convivência este desejo vai reduzindo de intensidade, mas ele ainda existe. Em contrapartida aumenta a amizade e o companheirismo. Assim, a vida sexual acaba ficando para segundo plano, principalmente no casamento em função de outras responsabilidades como filhos, preocupação com contas, estresse no trabalho, os afazeres domésticos, o excesso de intimidade etc.

Tais mudanças de comportamento alteram o desejo do casal, principalmente da mulher, que relaciona sexo a carinho. Para ela, o desejo sexual se constrói devagar e diariamente com a atenção do parceiro ou outra demonstração de carinho/cuidado diária. As mulheres tendem a reclamar que no namoro este jogo de sedução era ativo e após o casamento “sumiu”. Outro fator que interfere são as brigas constantes que também diminui o tesão. E de ambos!

Mas não é só a mulher a única responsável pela diminuição da libido do casal. No homem, fatores como estresse no trabalho, obesidade, depressão, rotina, queda nos níveis de testosterona, excesso de bebida alcoólica, também interferem. Às vezes o homem também se queixa que a parceira não é tão interessante quanto era antes. Alguns comentam que a esposa perdeu a vaidade, está mais mal-humorada etc. No entanto, não se questionam (e ela também) qual sua participação neste quadro, afinal ambos têm responsabilidade.

Para reverter é necessário fundamentalmente o diálogo. Ambos devem repensar o comportamento que tinham durante o namoro, o que faziam um pelo outro, refletir sobre as mudanças que ocorreram após o casamento e buscar resgatar este romantismo. A conversa deve ser franca, mas sem culpabilizações mútuas e com propostas de soluções.


Texto de autoria de Joselene L. Alvim – psicóloga



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